Governo decide manter aulas práticas obrigatórias para tirar CNH
O governo federal voltou atrás em sua proposta de flexibilizar o processo para obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Após forte repercussão negativa e críticas de entidades de trânsito e profissionais da área, foi decidido que as aulas práticas continuarão obrigatórias em todas as categorias.
A decisão foi anunciada após uma reunião entre o Ministério dos Transportes, o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) e representantes de autoescolas e sindicatos. O objetivo, segundo o governo, é garantir a segurança viária e preservar a qualidade da formação dos novos condutores.
O que motivou o recuo do governo
A proposta inicial previa redução ou até dispensa das aulas práticas para motoristas que já possuíssem alguma experiência ou que residissem em locais sem estrutura adequada de ensino. No entanto, especialistas alertaram que a medida poderia aumentar o número de acidentes e comprometer a segurança no trânsito.
Após receber manifestações de órgãos de fiscalização, associações de vítimas de acidentes e diretores de autoescolas, o governo recuou oficialmente.
Segundo nota divulgada pelo Contran, “as aulas práticas representam uma etapa fundamental para a formação responsável e segura dos condutores brasileiros”.
O que continua valendo para quem vai tirar a CNH
Com a manutenção das regras atuais, quem deseja tirar a CNH continuará precisando:
- Realizar aulas teóricas e práticas em autoescolas credenciadas;
- Cumprir o número mínimo de horas exigidas pelo Contran;
- Passar nos exames médico, psicológico, teórico e prático;
- Cumprir os critérios de direção defensiva e primeiros socorros.
O modelo de formação atual seguirá sendo aplicado tanto para a categoria A (motos) quanto para a categoria B (carros), sem alterações imediatas.
Reações das autoescolas e da população
Representantes de autoescolas comemoraram a decisão, afirmando que o recuo preserva a qualidade do ensino e reduz riscos nas vias públicas.
Segundo o presidente da Federação Nacional das Autoescolas, a retirada das aulas práticas “poderia transformar o processo de habilitação em um perigo coletivo”.
Nas redes sociais, a população também reagiu positivamente à manutenção das aulas. Muitos usuários destacaram que a prática ao volante é essencial, principalmente para quem nunca dirigiu antes ou vive em cidades com alto fluxo de veículos.
Impacto na formação de novos motoristas
Com a decisão, o processo para obtenção da CNH continuará seguindo os padrões atuais, o que, segundo especialistas, evita lacunas na formação dos condutores.
Aulas práticas são consideradas fundamentais para preparar os futuros motoristas para situações reais de trânsito, como manobras, sinalização, respeito às leis e direção defensiva.
A manutenção das aulas também preserva o mercado das autoescolas, responsável por empregar milhares de instrutores e profissionais em todo o país.
Próximos passos e revisões futuras
Embora o governo tenha recuado, o Contran afirmou que novas revisões poderão ocorrer no futuro, com foco na modernização dos processos e digitalização dos serviços.
Entre as possibilidades estudadas estão:
- Aulas online para conteúdo teórico;
- Simuladores virtuais aprimorados;
- Integração digital com o aplicativo Carteira Digital de Trânsito (CDT).
Essas medidas buscam facilitar o acesso à habilitação sem comprometer a segurança nas estradas.
Conclusão
A decisão do governo de manter as aulas práticas obrigatórias para tirar a CNH reforça o compromisso com a segurança e a formação responsável dos motoristas brasileiros.
Embora a simplificação do processo fosse bem-vista por alguns, a medida poderia gerar sérios riscos à população. Assim, o recuo foi amplamente elogiado por especialistas e entidades do setor.
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